Tenho amigos de direita, anarquistas, de centro e de esquerda. Amigos queridos.
Ao longo dos anos, tenho discordado muito dos meus amigos nas questões políticas (e concordado no resto) principalmente em períodos de crises, ou de divisor de águas, como agora.
Minhas amizades são sólidas porque gosto de pessoas honradas, decentes e movidas pelas suas crenças, argumentos e convicções. Tenho respeito por isso, para lá de todas as discordâncias.
Nas minhas amizades existe afeto e lealdade. Acredito que para mim, e para meus amigos, a distinção esquerda/direita não é a coisa mais importante do mundo. O que há, à esquerda e à direita, são pessoas com caráter e sem carácter.
Ao longo da vida tenho conhecido a minha dose das segundas. Os meus amigos, porém, pertencem, indiscutivelmente, às primeiras. E cada vez há menos gente assim.
Costumo lembrar que meu pai era o melhor homem que pisou neste vale verde de Deus. Eu discordava dele em tudo, mas o amava profundamente. Tive sorte de aprender na infância que opinião não é tudo. O que mais importa nesta vida é o afeto, a lealdade, o caráter.
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