Em geral é cada um por si. Escolhemos aquilo que é bom para nós, e os outros que aguentem. A nossa decisão muitas vezes não tem mal nenhum, o mundo continua como era antes, fica tudo esquecido num instante. Por que será que acho o momento da decisão um momento de impiedade? Por que será que não esqueço que minhas decisões podem afetar a vida de terceiros, de alto e baixo, e durante anos? Por que será que, mesmo estando no meu legítimo direito, fico imaginando uma saída, um jeito de evitar uma decisão cruel para o outro? Covardia? Medo do ressentimento? Li uma vez e nunca esqueci: se você dá uma navalhada em alguém precisa lembrar que poderá ser obrigado a conviver com a cicatriz de quem você esfaqueou. A vida, às vezes, me parece amarga e feroz.
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