domingo, 30 de novembro de 2014
sábado, 29 de novembro de 2014
Homens e Ratos
Precisamos controlar a soberba, o orgulho e a arrogância. Depois
do sequenciamento do genoma humano e também do genoma do
camundongo — em 2002 — ficou provado que nós temos enorme semelhança. Chegaram a dizer que somos essencialmente
camundongos sem caudas – mesmo tendo genes que poderiam fazer uma cauda. É isso: a comparação
dos genomas do homem e do camundongo revelou uma perturbadora coincidência de
99% entre os genes das duas espécies.
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Um dos livros mais importantes do mundo
COMO FOI ESCRITO
Trata‑se
de um texto filosófico relativamente curto, com pouco mais de 5 000 caracteres.
Os mais recentes estudos apontam que o Tao Te Ching tenha sido escrito entre
460 a.C. e 380 a.C. A primeira tradução do Tao Te Ching para uma língua
ocidental ocorreu somente no século XVIII, por obra de missionários jesuítas na
China. Essa tradução foi apresentada na Real Sociedade de Londres para o
Melhoramento do Conhecimento Natural em 1788. Desde então, o Tao Te Ching
tornou-se cada vez mais conhecido no ocidente, sendo, atualmente, um dos livros
mais traduzidos no mundo.
Lao Tzu encontra Yin Xi, o
guardião do portão do Tibete
Durante o reinado de Zhao, o monge e
teólogo Lao Tsu percebeu que a guerra terminaria por destruir o lugar onde
vivia. Como havia passado anos meditando sobre a essência da vida, tinha pleno
conhecimento de que é preciso ser prático em certos momentos. Decidiu
mudar-se. Pegou rapidamente os poucos pertences e preparava-se para sair,
quando foi interpelado pelo guarda que protegia a região:
— Onde está indo tão importante
sábio? — perguntou o guarda.
— Para longe da guerra.
— Para longe da guerra.
— O senhor não pode partir assim. Eu
gostaria muito de saber o que foi que aprendeu em tantos anos de meditação. Só
o deixarei partir se dividir comigo o que sabe.
Apenas para se livrar do guarda, Lao Tsu escreveu ali mesmo um pequeno
livrinho, cuja única cópia lhe entregou. Depois, continuou a viagem e nunca
mais se ouviu falar dele. O guarda saiu pregando o texto de Lao Tsu, que acabou
sendo copiado e recopiado. Resultado: o livro atravessou séculos, atravessou
milênios e chegou até o nosso tempo. O título é “Tao Te King” e está publicado
em português. A seguir, alguns dos seus ensinamentos:
Aquele que conhece os outros é sábio Aquele que conhece a si mesmo é
iluminado.
Aquele que vence os outros é forte Aquele que vence a si mesmo é
poderoso
Aquele que conhece a alegria é rico.
Aquele que conserva seu caminho tem vontade.
Seja humilde, e permanecerás íntegro. Curva-te, e permanecerás ereto.
Esvazia-te, e permanecerás repleto. Gasta-te, e permanecerás novo.
O sábio não se exibe e, por isso, brilha. Ele não se faz
notar e, por isso, é notado. Ele não se elogia e, por isso, tem mérito.
E porque não está competindo, ninguém no mundo pode competir com ele.
Os poucos fatos
históricos conhecidos sobre o livro
Traduzido como O Livro do
Caminho e da Virtude, é uma das mais conhecidas e importantes obras da
literatura da China. Foi escrito entre 350 e 250 a.C. Sua autoria é,
tradicionalmente, atribuída a Lao Tzi (literalmente, "Velho Mestre"),
porém a maioria dos estudiosos atuais acredita que Lao Tzi nunca existiu e que
a obra é, na verdade, uma reunião de provérbios pertencentes a uma tradição
oral coletiva versando sobre o tao (a "realidade última" do
universo). A obra inspirou o surgimento de diversas religiões e filosofias, em
especial o taoismo e o budismo chan (e sua versão japonesa, o zen).
Como a maior parte das figuras mitológicas dos
fundadores de religiões, a vida do escritor do Tao Te Ching, Lao Tzu, é envolta
em lendas. Segundo a tradição, Lao Tzi nasceu no sul da China cerca de 604 a.C,
tendo sido superintendente judicial dos arquivos imperiais em Loyang, capital
do estado de Ch'u. Desgostoso pelas intrigas da vida na corte, Lao Tzi decidiu
afastar-se da sociedade, seguindo para as Terras do Oeste. Montado em uma
carroça guiada por um boi, seguiu viagem, mas, ao atravessar a fronteira, um
dos seus amigos, o policial Yin-hsi, o reconheceu e lhe pediu que escrevesse
seus ensinamentos antes de partir. Lao Tzi, então, escreveu o pequeno livro
conhecido posteriormente como Tao Te Ching e partiu em seguida. Segundo a
história, morreu em 517 a.C. Lao Tzi foi canonizado pelo imperador Han entre os
anos 650 a.C. e 684 a.C
domingo, 23 de novembro de 2014
Acreditar
O trabalho do jornalista não é
acreditar em qualquer coisa, mas ser cético. Contudo, há algumas coisas (poucas) nas quais um jornalista acredita piamente. Uma delas: por maior que seja o poder de uma maioria há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz
não.
sábado, 22 de novembro de 2014
domingo, 16 de novembro de 2014
Decência e honestidade
Acho que precisamos limitar gastos. De forma séria e permanente, com o firme propósito de organizar o estado caótico das finanças públicas sem aumentos de impostos. Também defendo a medida culturalmente, para chamar a atenção dos brasileiros para a necessidade de uma vida mais simples, sem desvarios de grandeza, de luxos que não estão ao alcance de todos.
Estou cansada de ver, de um lado, a gastança, o enriquecimento ilícito e o desperdício e, do outro, a carência, a falta de saúde e a pobreza. É muita desigualdade. Como entender o custo das campanhas eleitorais no Brasil? Nada que diz respeito a isso parece compatível com a realidade. As cifras envolvem valores tão elevados que parecem saídos de algum filme de ficção matemática. Surreal.
Moro em Brasília, pago todos os meus impostos e tenho usufruído das vantagens que a capital do país confere a seus cidadãos. Não posso deixar de reconhecer, contudo, que a cidade não parece de verdade, tamanhas as benesses concedidas à sua casta de privilegiados. Como justificar a aposentadoria integral do serviço público brasileiro, em valores assombrosos até para países riquíssimos como a Alemanha e os Estados Unidos?
Aqui, uma minoria vive melhor do que muitos príncipes de verdade, enquanto a maioria amarga a descrença e o dissabor de ter nascido em um dos países mais injustos do mundo. A propósito: proporcionalmente, nenhuma monarquia no mundo custa tanto quanto Brasília. Nem Mônaco. Muito menos a poderosa Inglaterra. A diferença é que as monarquias do lado de lá existem de fato e são bancadas por uma população de elevada renda per capita.
No Brasil, a fieira de privilégios dos príncipes de araque (que existem em todos os estados e não apenas em Brasília) pesa sobre a maioria da população que não pode dispor de boas escolas públicas para seus filhos, não conta com planos de saúde e muito menos com aposentadoria na velhice. O fato é que a massa de vulneráveis brasileiros (37% da população) sobrevive com muito pouco.
Embora o país disponha de recursos naturais em proporção adequada, a dura verdade é que nosso desenvolvimento econômico não deslancha e a economia nunca cresce como deveria, ou como poderia. Avançamos um pouco nas últimas três décadas mas, infelizmente, ainda não garantimos vida digna à maioria da população e os avanços estão sendo corroídos pela corrupção, crise moral e descrença.
Todos os partidos se elegem prometendo inibir a gastança pública e a roubalheira, mas o resultado na prática é a corrupção desenfreada e o aumento dos enriquecimentos inexplicáveis de líderes políticos que nada fazem para mudar a realidade. Como exigir decência ao povo de vida modesta se os líderes dos escalões superiores atuam com a mais indecente e descarada desonestidade?
Assinar:
Postagens (Atom)