sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Os dez mandamentos do Carnaval




1• Se for viajar, leve mala pequena. O esperado é que você passe metade do Carnaval com uma única roupa. A outra metade, se tudo correr bem, você vai passar sem roupa nenhuma.

2• Fuja dos livros, principalmente dos livros de autoajuda. A única autoajuda aceitável é a masturbação.

3• Separe 90% do orçamento para bebidas. Os outros 10% vão para o garçom.

4• Tenha coragem. O álcool é inimigo, mas quem foge de inimigo é covarde.

5• Beba apenas o suficiente. Para cair.

6• Carnaval é nada, sexo é tudo.

7• Se lhe chamarem de corno é melhor revidar com chifradas do que com pau de selfie.

8. Deixe a máquina fotográfica em casa. Esqueça as fotos. Não deixe ninguém registrar o legado da sua miséria.

9 • Não beije os moradores de rua. Respeite as pessoas.

10 • Depois da folia, existe uma lista de coisas a recuperar: as pernas, os pés, o juízo, o caráter, a dignidade, o respeito, o amor próprio, a carteira, o fígado e o bom gosto musical.

Bom Carnaval!

 

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Liberdade





"... para um verdadeiro democrata, não há apenas a liberdade, mas nada existe, como fim humano, superior à liberdade; nada se pode fazer só com a liberdade, mas nada de humano se pode fazer também, sem ou contra ela...".  Sou republicano e livre-pensador por um ditame de consciência ou, por outras palavras, por um mandamento de moral."
Raul Proença





quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Ao mestre, com carinho!





Noblat, querido!
Sinto sua falta. Se puder, reserve um pedacinho do seu tempo para que eu possa ir abraçá-lo. Sei que sua nova rotina tem restrições, então propondo a seguinte pauta para nosso encontro: falar mal de todo o mundo, com ênfase nos médicos insuportáveis que nos assistem.
Platão dizia que entre um médico e um cozinheiro as pessoas certamente elegeriam o cozinheiro. Grande Platão! Acho que eu até faria campanha com panela na cabeça. Tenho horror da maldita pletora da saúde que nos obriga a dizer “sim”. Sim ao remédio, à dieta, ao exercício físico e até ao sono sem sonhos.
Estou mesmo com saudades. Sabia que você continua ao meu lado em todas as vezes que leio qualquer notícia de jornal? E que continuará sendo assim para sempre? Leio o jornal e penso imediatamente no que você faria com aquele fato e aqueles personagens. Chego a rir sozinha com o realismo da memória.
É bom lembrar tempos felizes, quando eu achava você melhor que Deus, melhor que o Diabo. Tão obstinados em pescar almas, a nenhum dos dois iria ocorrer a idéia que você concretizou com tanto êxito: levar um grupo de jornalistas a acreditar que poderia escrever, de forma verdadeira, a história do seu tempo.
Quem poderia imaginar que um jornal atolado em dívidas com o banco oficial iria tornar-se a melhor, mais eficaz e a mais criativa tribuna política do país? Pois é, você sabia que era impossível, mas, mesmo assim, foi lá e fez. E como fez!  Não é por acaso que devo a você algumas das melhores lembranças que carrego no peito.
Para dizer a verdade, devo-lhe mais que lembranças. Devo-lhe a paixão pelo jornalismo. Estou certa que não há como agradecer uma dádiva desta. A outra certeza que tenho é que não importa o manicômio para onde eu vá, nunca mais vou me divertir tanto quanto no tempo que você fez o favor de deixar-me acompanhá-lo.
Um grande beijo,
Vanda Célia

domingo, 9 de fevereiro de 2014

O vento...

"As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido."

Fernando Pessoa