Oliveira Salazar, o governante português, se manteve neutro durante a segunda guerra. Um embaixador inglês tentou convencer Salazar a entrar no conflito. Teria dito o embaixador: “Como pode ficar neutro, se não tem exército, nem marinha nem aeronáutica, sr. Ministro?” Resposta de Salazar: “Não tenho exército, não tenho marinha, nem aeronáutica, mas tenho razão, sr. embaixador”.
terça-feira, 30 de outubro de 2018
segunda-feira, 29 de outubro de 2018
São Tomás e o boi voando
Santo Tomás de Aquino (1225-1274) era um homem de extraordinária inteligência, autor de diversas obras filosóficas e teológicas como a Suma Teológica cujos princípios são seguidos pela Igreja Católica até nossos dias. Ele pertencia à Ordem Dominicana. Sempre mergulhado em seus pensamentos, era notória a sua alienação das coisas a seu redor. Um dia, na hora do recreio, um irmão, vendo-o mergulhado em seus pensamentos, gritou:
- Frei Tomás, olhe para o céu que tem um boi voando.
O filósofo imediatamente olhou para a direção que lhe apontavam, enquanto os outros irmãos davam gargalhadas. Tomás virou-se para o grupo e falou:
- Irmãos, para mim é mais plausível um boi voar do que um frade dominicano mentir.
domingo, 28 de outubro de 2018
JORNAIS x PODER
Carlos Lacerda, falecido em 1977, era um dos maiores críticos da imprensa. Escrevia sobre isso e citava como exemplo a mudança de opinião de um jornal francês sobre Napoleão Bonaparte. À medida que Napoleão se aproximava de Paris, ou seja, que conquistava mais poder, o jornal mudava rapidamente o tom editorial. E amaciava sua opinião. Eis o relato:
Quando Napoleão Bonaparte fugiu da Ilha de Elba, a manchete de um jornal parisiense foi a seguinte: O OGRO FUGIU DA ILHA DE ELBA.
Bonaparte desembarcou no continente e o referido jornal assim noticiou o fato:
O DITADOR DESEMBARCOU EM TERRAS FRANCESAS.
Enquanto Napoleão marchava sobre Paris acompanhado das tropas que aderiram a seu comando, o mesmo jornal registrou: NAPOLEÃO AVANÇA EM DIREÇÃO A PARIS.
Ao entrar em Paris, a manchete do jornal foi: SUA MAJESTADE IMPERIAL, NAPOLEÃO BONAPARTE, ENTRA TRIUNFALMENTE NO PALÁCIO DE FONTAINEBLEAU .
De Ogro, Bonaparte passou, sucessivamente, a ditador, a Napoleão e, finalmente, a Majestade Imperial.
quarta-feira, 24 de outubro de 2018
Fernando Pessoa: Há metafísica bastante em não pensar em nada
O que penso eu do Mundo?
Sei lá o que penso do Mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que ideia tenho eu das coisas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das coisas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o Sol
E a pensar muitas coisas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o Sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do Sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do Sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?
«Constituição íntima das coisas»...
«Sentido íntimo do Universo»...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em coisas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das coisas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das coisas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as coisas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.
De PESSOA, Fernando. "Ficções do interlúdio: Poemas completos de A. Caeiro". In: Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986
Sei lá o que penso do Mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que ideia tenho eu das coisas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das coisas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o Sol
E a pensar muitas coisas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o Sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do Sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do Sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?
«Constituição íntima das coisas»...
«Sentido íntimo do Universo»...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em coisas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das coisas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das coisas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as coisas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.
De PESSOA, Fernando. "Ficções do interlúdio: Poemas completos de A. Caeiro". In: Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986
terça-feira, 16 de outubro de 2018
O Jardim
Um homem vê um jardim florido, mas sabe: ele não verá sempre essas flores e esse verde, pois morrerá um dia; e ele sabe também: esse jardim não estará sempre lá, pois o mundo, por sua vez, desaparecerá. E ele sabe ainda: esta relação com o belo jardim é dada pelo destino, pois, se o homem se encontrasse no meio do deserto, ele não veria o jardim; ele o vê somente porque o destino o colocou, ele, homem, ali e não em outro lugar.
Mas na região mais interior de nossa alma mora o Espírito, e nele o jardim está contido como em germe; e se nós amamos esse jardim — e como não o amaríamos, visto ser de uma beleza paradisíaca? —, faremos bem em buscá-lo lá onde ele sempre esteve e onde sempre estará, a saber, no Espírito; mantém-te no Espírito, em teu próprio centro, e terás o jardim e por acréscimo todos os jardins possíveis. E do mesmo modo: no Espírito não há morte, pois nele tu és imortal; e no Espírito a relação entre o contemplador e o contemplado não é somente uma possibilidade frágil, mas, ao contrário, reside na natureza mesma do Espírito e é eterna como ele.
O Espírito é consciência e vontade: consciência de si mesmo e vontade em relação a si mesmo. Mantém-te no Espírito pela consciência, e aproxima-te do Espírito pela Vontade ou pelo Amor, e nem a morte nem o fim do mundo podem te tirar o jardim ou anular tua visão. O que és agora no Espírito, tu o serás depois da morte; e o que possuis agora no Espírito, tu o possuirás depois da morte. Diante de Deus, não há ser nem propriedade a não ser no Espírito; o que era exterior deve tornar-se interior, e o que era interior será exterior: busca o jardim em ti mesmo, em tua indestrutível Substância divina, e esta te dará um jardim novo e imperecível.
Extrato de correspondência com orientação espiritual de Frithjof Schuon, publicado no livro A Transfiguração do Homem (Sapientia, 2009).
segunda-feira, 15 de outubro de 2018
“O Homem Conservador”.
“Deixando de lado quaisquer matizes políticos que a palavra possa ter, o conservador é alguém que procura conservar. E para dizer se ele está certo ou errado deveria ser suficiente analisar o que é que ele quer conservar. Se as formas sociais que defende – pois sempre se trata de formas sociais – estão em conformidade com o objetivo mais elevado do homem e correspondem à suas necessidades mais profundas, por que não deveriam elas ser tão boas quanto – ou mesmo melhores que – qualquer coisa de novo que a passagem do tempo possa trazer à luz? Pensar desta maneira seria normal, mas o homem de hoje já não pensa normalmente. Mesmo quando não despreza automaticamente o passado e vê o progresso técnico como fonte de todo bem da humanidade, ele normalmente tem um preconceito contra qualquer atitude conservadora, pois, consciente ou inconscientemente, está influenciado pela tese materialista de que todo ‘conservar’ é inimigo de uma vida que está em constante mudança, e portanto leva à estagnação.”
Ensaio de Titus Burckhardt, intitulado “O Homem Conservador
domingo, 14 de outubro de 2018
Álvaro de Campos, Poema em linha reta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
sexta-feira, 12 de outubro de 2018
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
Música
Dei de presente uma guitarra para Giovana, minha neta. Sei que aprender música é grande exigência. A carga horária escolar vai aumentar. Além disso, ela terá de manter grande disciplina para aprender as partituras. Mas o contato com a música (como com todas as artes) e a aprendizagem de um instrumento tem excelentes vantagens.Para além do contato com o belo, para além de desenvolver capacidades do cérebro, Giovana vai entender que é necessário esforço e dedicação, para se fazer alguma coisa muito bem feita. E que esse esforço compensa.
quarta-feira, 10 de outubro de 2018
Fala do homem nascido
Fala do homem nascido
Venho da terra assombrada,
Do ventre de minha mãe;
Não pretendo roubar nada
Nem fazer mal a ninguém.
Só quero o que me é devido
Por me trazerem aqui,
Que eu nem sequer fui ouvido
No acto de que nasci.
Trago boca para comer
E olhos para desejar.
Tenho pressa de viver,
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo;
Não tenho tempo a perder.
Minha barca aparelhada
Solta o pano rumo ao norte;
Meu desejo é passaporte
Para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem
Nem marés que não convenham,
Nem forças que me molestem,
Correntes que me detenham.
Quero eu e a Natureza,
Que a Natureza sou eu,
E as forças da Natureza
Nunca ninguém as venceu.
Com licença! Com licença!
Que a barca se fez ao mar.
Não há poder que me vença,
Mesmo morto hei de passar.
Com licença! Com licença!
Com rumo à Estrela Polar.
António Gedeão
(texto encontrado no coisaspoucas.blog )
Do ventre de minha mãe;
Não pretendo roubar nada
Nem fazer mal a ninguém.
Só quero o que me é devido
Por me trazerem aqui,
Que eu nem sequer fui ouvido
No acto de que nasci.
Trago boca para comer
E olhos para desejar.
Tenho pressa de viver,
Que a vida é água a correr.
Venho do fundo do tempo;
Não tenho tempo a perder.
Minha barca aparelhada
Solta o pano rumo ao norte;
Meu desejo é passaporte
Para a fronteira fechada.
Não há ventos que não prestem
Nem marés que não convenham,
Nem forças que me molestem,
Correntes que me detenham.
Quero eu e a Natureza,
Que a Natureza sou eu,
E as forças da Natureza
Nunca ninguém as venceu.
Com licença! Com licença!
Que a barca se fez ao mar.
Não há poder que me vença,
Mesmo morto hei de passar.
Com licença! Com licença!
Com rumo à Estrela Polar.
António Gedeão
(texto encontrado no coisaspoucas.blog )
segunda-feira, 8 de outubro de 2018
Livros sensacionais
Um editor norte-americano (Peder
Zane) pediu a 125 escritores que escolhessem as dez melhores obras literárias
de sempre. O resultado foi esta lista:
1º Anna Karenina, Leon Tolstoi
2º Madame Bovary , Gustave Flaubert
3º Guerra e Paz, Leon Tolstoi
4º Lolita, Vladimir Nabokov
5º As aventuras de Huckleberry Finn, Mark Twain
6º Hamlet, Príncipe da Dinamarca, William Shakspeare
7º O Grande Gatsby, Scott Fitzgerald
8ºÀ procura do tempo perdido, Marcel Proust
9º Contos, Anton Tchekov
10º A vida era assim em Middlemarch, Georg Eliot
OBS:
2º Madame Bovary , Gustave Flaubert
3º Guerra e Paz, Leon Tolstoi
4º Lolita, Vladimir Nabokov
5º As aventuras de Huckleberry Finn, Mark Twain
6º Hamlet, Príncipe da Dinamarca, William Shakspeare
7º O Grande Gatsby, Scott Fitzgerald
8ºÀ procura do tempo perdido, Marcel Proust
9º Contos, Anton Tchekov
10º A vida era assim em Middlemarch, Georg Eliot
OBS:
1) Predominam os russos;
2) não há nenhum livro com menos de 50 anos,
3)
só incluíram uma mulher (George Eliot é o pseudónimo de Mary Ann Evans que
dizia ter escolhido um nome masculino para ser levada a sério!);
4) Cem anos de
solidão e Dom Casmurro, no meu ponto de vista, deveriam ser incluídos em qualquer lista de
melhores livros já publicados no mundo;
5) há tantos e tantos livros maravilhosos
que todas as listas deveriam ter, no mínimo, 100 obras. No mínimo.
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