quarta-feira, 13 de maio de 2015

Está na cara...



Não tenho filiação a esta ou aquela escola de pensamento. Sou a favor da cidadania, defensora da força e do avanço coletivo da sociedade. Condeno a negação da solidariedade e discordo daqueles que se julgam no direito de um humano pisar outro humano. Acredito e defendo os princípios de uma vida cristã, assentada nos valores do humanismo/iluminismo. Capitalista e em busca de algum progresso econômico? Sim. Se assim não fosse, não lutaria tanto (trabalhando 12, 14, até 20 horas por dia sem folga ou férias durante anos). Meu êxito profissional é menor do que os esforços que fiz, e ainda faço, e dos sonhos que tive e ainda tenho.

Em rodas onde não estou, dizem que sou um pouco chata, me dão apelidos engraçados e inofensivos, mas reconhecem que sou séria e competente. Sobre a linha política asseguram que sou de direita. Na verdade busco ser uma pessoa direita, à moda antiga, que respeita compromissos e orgulha-se por cumprir deveres e obrigações. Não sou melhor, nem pior do que ninguém. Nutro preferências ideológicas pelos líderes de centro e gosto de pessoas bem humoradas, que falam bem. Não concordo, muito menos compactuo, com extremismos, virulência, truculência e violência.

Trabalho com assessoria de imprensa na área política e aprecio, sem medo de críticas, a forma como alguns líderes se conduzem. Ser líder político, na maioria das vezes, é ter coragem de se expor quando todos se escondem. A propósito, dizem que a política não é lugar de virtudes, mas de disputas. É igualmente  verdade que podemos encontrar as maiores virtudes humanas (e/ou os maiores defeitos de caráter) nos momentos das escolhas duras e inadiáveis.

Com a idade fiquei paciente e calma. E com menos certezas. Tudo isso é necessário para apreciar melhor as coisas. Algumas delas, pelo menos. Tenho defeitos, me engano e me desculpo... Como todos os mamíferos, faço coisas condenáveis em nome da sobrevivência e não sou "boa" de coração como gostaria. Sinto raiva, tenho brio e cultivo o amor próprio. A exemplo dos meus semelhantes, sou envolta em brumas e nevoeiros, mas não é difícil me conhecer porque os esforços que faço para esconder meus sentimentos não enganam ninguém. No fundo, sou o tipo de pessoa a quem transparece na cara tudo o que lhe vai na alma.

 

domingo, 10 de maio de 2015

Dia das Mães



  
 
MÃE...
São três letras apenas,
As desse nome bendito:
Três letrinhas, nada mais...
E nelas cabe o infinito.
E palavra tão pequena - confessam mesmo os ateus -
És do tamanho do céu
E apenas menor do que Deus!
Mário Quintana

 

terça-feira, 5 de maio de 2015

"Puta que pariu" sim, mas com grandeza

 
 
 
"Não existe isso de homem escrever com vigor e mulher escrever com fragilidade. Puta que pariu, não é assim. Isso não existe. É um erro pensar assim. Eu sou uma mulher. Faço tudo de mulher, como mulher. Mas não sou uma mulher que necessita de ajuda de um homem. Não necessito de proteção de homem nenhum. Essas mulheres frageizinhas, que fazem esse gênero, querem mesmo é explorar seus maridos. Isso entra também na questão literária. Não existe isso de homens com escrita vigorosa, enquanto as mulheres se perdem na doçura. Eu fico puta da vida com isso. Eu quero escrever com o vigor de uma mulher. Não me interessa escrever como homem".
LYA LUFT, mandando muito bem em tudo, principalmente no palavrão. Texto brilhante, bem escrito e bem pensado

A armadilha, uma fábula de Kafka

«Ah», disse o rato, «o mundo cada dia fica mais apertado. A princípio era tão grande que até me metia medo, depois continuei a andar e ao longe já se viam os muros à esquerda e à direita, e agora - e não passou assim tanto tempo desde que eu comecei a andar - estou no quarto que me foi destinado e naquele canto está já a armadilha em que vou cair.» «Tens de inverter o sentido de marcha - disse o gato, e comeu-o». Franz Kafka, Parábolas e Fragmentos.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Verdade

Quem ajoelha é padre na Igreja ou noivo no altar...

A força do afeto

 
"Não devemos desperdiçar a graça dos pequenos momentos de liberdade de que podemos desfrutar: uma mesa compartilhada com pessoas que amamos, umas criaturas que ampararemos, uma caminhada entre as árvores, a gratidão de um abraço. Nós nos salvaremos pelos afetos. O mundo nada pode contra um homem que canta na miséria." Ernesto Sábato