Pois é, no início do ano, eu não dava nada por 2013. Agora, nos seus últimos dias, confirmo a previsão. Não foi um ano assim tão importante na última década. O gosto amargo no fundo da garganta não passou. Tive alguns momentos de alegria e muitos momentos de grandes tristezas. Mais uma vez, minhas grandes certezas foram parar no ralo. E minhas pequenas certezas, naturalmente, tornaram-se crenças um pouco mais anacrónicas. Como em anos anteriores, segui em frente sem medo das tempestades que caíram do lado de fora. Como sempre, chove forte mesmo é aqui do lado de dentro.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Feliz Natal!
Natal tem a ver com muitas lembranças da infância. Éramos pobres e morávamos em um bairro igualmente pobre de uma cidade pobre do interior de Minas. Descobri muitas coisas sobre a vida naquele tempo. Uma delas é que não chega cartão de Natal em casa de gente pobre. Nunca. Nenhum. Zero.
Em 1970, ou 1971, não lembro com exatidão, milagrosamente, chegou um cartão de Natal grande e bonito lá em casa. Era do tamanho de uma folha de caderno escolar e tinha o desenho de uma árvore toda em verde, com a frase majestosa, escrita em letras vermelhas e perfeitamente alinhadas: “Feliz Natal e Próspero Ano Novo!”.
Foi tão inesperado que minha mãe agarrou o cartão e saiu rodopiando pela casa. Minha irmã mais velha quase caiu: “Nossa Senhora, quem nos mandou essa lindeza, perguntou aflita e impaciente.
Mamãe ignorou a pergunta e continuou rodopiando com a "lindeza". Minha irmã pediu para segurar o envelope e, então, leu o nome do remetente: Casas Pedro, Rua Tomé de Souza, 133, Centro, Rio de Janeiro. Mistério, não conhecíamos ninguém no Rio.
Minha irmã, então, buscou o nome do destinatário: Sr. Álvaro Pires. O nome do papai era Joaquim. Ela conferiu o endereço: era em outro lugar, bem distante de nossa casa. Silêncio.
Minha irmã ficou repentinamente triste e tentou alertar mamãe a respeito das informações sobre o cartão. Bem baixinho, como se preferisse ficar calada, ela disse, delicadamente:
_ Mãe, escute, temos de devolver o cartão, a gente não sabe quem mandou...
Mamãe deu de ombros:
- Não, devolver de jeito nenhum, eu aceito o cartão!
- Mãe, o endereço do cartão não está certo...
- Não tem importância, filha, o Correio pode ter errado, não pode?
- Não mãe, pelo amor de Deus, veja o nome do dono do cartão?
- Que história é essa de nome, filha, eu não me importo com isso e já disse que aceito o cartão, não disse?
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Beleza
Ser belo é deter algum poder. A beleza é parte do poder das pessoas. Nietzche disse com precisão: “A beleza é o poder gerado pela imagem.” E disse mais: “…Quando o poder se torna clemente, quando o poder desce ao visível, essa clemência tem o nome de beleza…”
Estudos sobre o impacto da beleza na vida das pessoas apresentam conclusões interessantes: - os 15% mais bonitos são 10% mais felizes do que os mais feios;
- as pessoas mais bonitas ganham, em média, 5% a mais do que os menos atraentes;
- os belos têm mais atenção de professores, orientadores e até mesmo de bebês.
O olhar de todos nós é atraído pelo que é belo. E quem é belo ainda agrega outro valor à personalidade: é mais confiante. Sabe que será atendido. E bem atendido.
domingo, 1 de dezembro de 2013
Pensamentos sobre pensadores...
Cristo, Buda e Kant tinham razão em muitas coisas.
Freud tinha razão em algumas coisas.
Marx tinha razão em bastante coisas.
Adam Smith tinha razão em muitas coisas.
Nietzsche tinha razão em quase todas as coisas.
E Darwin tinha razão em todas as coisas.
Como sabem os nietzschianos, o mundo está dividido em «fortes» e «fracos». Em «vencedores» e «perdedores». E as pessoas preferem um vencedor a um perdedor. Já para Darwin, vencedores e perdedores evoluem. É o único traço que os une.
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